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A HISTÓRIA DO MANÁ EM ANGOLA

                                                        A HISTÓRIA DO MANÁ 


           No ano de 1948, a Revista Adventista publicou no mês de Novembro nas páginas 26 e 27, uma história sobre o maná que havia caído na Missão Adventista da Namba, em Angola, África. Eu era um adolescente na época (15 anos) e lembro que havia lido aquela história que muito me impressionou. Agora, mais recentemente, depois de trabalhar por 52 anos na Obra Adventista como pastor e professor, e nos aposentarmos oficialmente em 2008, nós (minha esposa e eu) fomos convidados a realizar algum trabalho como voluntário, como professor nos seminários de Moçambique e Angola.

       Estivemos em Angola durante o ano escolar de 2010 ensinando algumas matérias no Seminário Adventista de Huambo, capital da Província de Huambo. Um dia, enquanto conversávamos com o Pastor Teodoro Elias, presidente da União de Angola, ele nos contou que na Missão Adventista de Namba, ainda hoje, caía algum maná desde aquela ocasião em 1939. Ficamos excitados em nossa curiosidade e pedimos-lhe que gostaríamos de ver o lugar mesmo que não caísse maná naquele dia pois haviam nos informado que o maná continuava caindo às quartas e sextas feiras e como dávamos aulas naqueles dias da semana, não poderíamos ver o maná. O Pastor Teodoro foi muito gentil em conseguir que um de nossos irmãos que tinha um carro 4X4 (carros comuns não conseguem chegar até lá) e, no dia 14 de Novembro de 2010, nos levou até à missão numa viagem de cerca de 160 quilómetros. Após 3 horas de viagem (somente a metade do percurso é pavimentado, o restante é uma trilha na montanha), chegamos à missão.

Alguns irmãos estavam colhendo batatas e fomos muito bem recebidos com boas vindas de todos. Quando dissemos que havíamos vindo para ver o lugar onde caía o maná, um dos irmãos nos disse: - Hoje pela manhã, caiu um pouco de maná e penso que ainda há alguma coisa lá. Corremos para ver com nossos próprios olhos esse incrível milagre e, realmente, lá estava. Espalhados sobre o solo e sobre as folhas de grama e arbustos havia uma porção de flocos brancos semelhantes a flocos de pipoca. Colhemos alguns e começamos a comer.

        Enquanto isso, lágrimas nos rolavam pela face, tocados por uma emoção intensa, e minha esposa dizia: Que privilégio em ver, tocar, colher e experimentar o que o povo de Israel havia provado por 40 anos há cerca de 3.500 anos atrás. Que bênção! O gosto é realmente conforme descrito na Bíblia, como :”sabor de bolos de mel” (Êxodo 16:31). Esta foi realmente uma experiência fantástica e excitante. Procuramos então verificar se não haveria uma explicação natural para o fenómeno. Primeiro notamos que caia numa pequena área atrás da igreja.

Os irmãos estavam concluindo a reconstrução do templo que fora destruído pela guerra civil que se abateu sobre Angola por mais de 30 anos e agora, mediante a contribuição de igrejas de além mar, podiam ter outra vez um templo novo. Então pensamos que talvez fosse algo que caía das árvores de eucalipto que havia lá, mas quando verificamos que também caía na grama e arbustos onde não havia eucalipto, descartamos essa hipótese. Perguntamos aos irmãos mais antigos a respeito dessa história e nos contaram que de modo semelhante ao início, quando caiu da primeira vez, também no período da guerra civil, durante a estação seca em que nada se produzia, eles também colhiam o maná tendo algo para comer. Contudo, quando Savimby, o líder revolucionário, tomou nossa missão da Namba para fazer da missão um quartel para seus soldados e nossos irmãos tiveram que fugir, o maná não caiu mais.
      No final da guerra, tão logo a propriedade foi devolvida pelo governo à nossa Igreja, e nossos irmãos puderam voltar e começar a reconstruir a missão que fora arrasada pelos revolucionários, o maná voltou a cair. Agora, ao terem eles seu próprio alimento (naquele dia estavam na colheita de batatas que dão em abundância) o maná continua caindo em pequena quantidade. Outro fato digno de nota é que ninguém vê o maná cair. Quando amanhece o dia, lá se encontra o maná. Pode ser que Deus queira dizer que eles não têm nada a temer pois Ele ainda é Aquele que cuida de Seu povo.

Colhemos alguma amostra do maná para mostrar a nossos irmãos no Brasil ao voltarmos para a pátria. Voltando ao Brasil, no fim do ano de 2010, contamos para alguns irmãos e eles experimentaram e acharam o maná apetitoso. Deixamos alguma amostra na sede da Sociedade Criacionista Brasileira em Brasília e o presidente, Dr. Rui Vieira nos sugeriu que levássemos da amostra para um dos melhores laboratórios de espectrometria de massa no Brasil, localizado na Universidade Estadual de Campinas para fazerem uma análise desse material.

   
       O Dr. Marcos N. Eberlin e seu associado Marcos A. Pudenzi, membros da igreja Batista, se mostraram interessados e gratuitamente fizeram profunda análise do material e concluíram com um relatório que demonstra que é composto “principalmente de oligossacarídeos, constituído por hexose (C6H12O6); mais por açúcar, pequenas quantidades de compostos nitrogenados e óxidos de elementos metálicos adequados para a alimentação humana...Boa fonte de nutrientes para a dieta humana”. Esses óxidos eram de potássio, cálcio, fósforo, ferro, silício, enxofre e cobre. Todos esses elementos como carbono, hidrogénio e nitrogénio que estão presentes no açúcar e proteínas tem função importante no metabolismo humano. Não são somente aceitáveis mas essenciais para o funcionamento do organismo humano. Em sua mensagem por e-mail que nos foi enviada ele afirma que é muito apropriada a ser maná. Oh, quão Grande Deus é o nosso Deus! “Bem aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor.


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